Lea Ypi cresceu num dos países mais isolados do mundo, um lugar onde os ideais comunistas tinham oficialmente substituído a religião. A Albânia, o último posto avançado estalinista na Europa, era quase impossível de visitar, quase impossível de abandonar. Era um lugar de filas e escassez, de execuções políticas e de polícia secreta. Para Lea, era a sua casa. As pessoas eram iguais, os vizinhos ajudavam-se uns aos outros e esperava-se que as crianças construíssem um mundo melhor. Havia comunidade e esperança. Mais tarde, em dezembro de 1990.